O Corinthians comemora seu centenário. Um século de vida, lutas e glórias. E, como diz o poeta, viver é muito perigoso. Quer dizer que a vida não é fácil e que aquele que reconhece essa condição pode vivê-la mais plenamente. Também por isso sou corintiano, maloqueiro e sofredor – pela realidade da vida, que só pode nos trazer tantas alegrias e surpresas na medida em que, às vezes, também nos traz sofrimento.
Quando um clube, assim como uma classe social, se distancia da dureza material da vida, passa a viver em um mundo imaginário e a acreditar que esse mundo imaginário é a vida real. Tive o imenso prazer de estar presente na festa que aconteceu no Anhangabaú. Realmente, uma festa do povo, digna daquele time que, já na sua fundação foi marcado pela fala, profecia e vaticínio de um de seus fundadores, o alfaiate Battaglia: “O Corinthians é o time do povo, e é o povo quem vai fazer o time”. A imensa festa popular explicitou essa realidade com a força das multidões e a beleza da paixão, desde o tamanho da multidão reunida até a presença dos ídolos do Corinthians.
A festa teve seu ápice quando, embalados pelas baterias das torcidas organizadas, mais de 130 mil pessoas entoaram o hino do clube em uníssono. Tive então a honra de ser apenas mais um naquele povo, e a emoção de compartilhar o amor que mais de 30 milhões de pessoas dedicam, sem esperar nada em troca, à República Popular do Corinthians.
Literatura, política e bobagens. Pra divulgar poesia e prosa. Pra ajudar na luta por mais felicidade e justiça. E pra diversão.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Salve o Corinthians
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Marcio Rosa
às
10:15
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quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Suicida
Atirei-me do penhasco da vida, suicida e ansiosa
Sempre em busca de mais velocidade, mais atenção
Sempre confiando que não me arrebentaria no concreto
Mas faltaram as mãos que me segurariam pelo cabelo
Faltou o colo que me acalantaria em cafunés e fodas
O voo cego e a sensação de liberdade embotaram
meus sentidos de alumbramento, minha razão de loucura
E, aturdida, passei a confundir o êxtase com a liberdade
A buscar novas mãos e colos, novas paixões e gritos
Mas só então notei que a dor da queda pertence ao cotidiano
Descobrirei, logo, que meus desejos já estavam atendidos
E que sempre haverão novas vontades, já que sou infinita.
Sempre em busca de mais velocidade, mais atenção
Sempre confiando que não me arrebentaria no concreto
Mas faltaram as mãos que me segurariam pelo cabelo
Faltou o colo que me acalantaria em cafunés e fodas
O voo cego e a sensação de liberdade embotaram
meus sentidos de alumbramento, minha razão de loucura
E, aturdida, passei a confundir o êxtase com a liberdade
A buscar novas mãos e colos, novas paixões e gritos
Mas só então notei que a dor da queda pertence ao cotidiano
Descobrirei, logo, que meus desejos já estavam atendidos
E que sempre haverão novas vontades, já que sou infinita.
Postado por
Marcio Rosa
às
07:29
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