seu corpo está escondido nas sombras dos arcos da Lapa
nas minhas memórias mais profundas sublimes sacanas
minha traição é da profundidade do big bang
por isso me derreto em lágrimas sob os braços de cristo
e chamo teu nome em muitas línguas que desconheço
aguardo seu retorno como um morcego que persegue um eco
sua distância pesa-me como uma falta inexplicável
minhas faltas me consomem como um verme na carne podre
(e sou eu mesmo o verme e a carne)
e só consigo vagar como um zumbi entre bêbados
antes de dormir deliro e te construo nos meus detalhes
tormento que é o peso que aciona a lâmina da guilhotina
movimenta a máquina da loucura que transpõe os limites
conduz aos pântanos do paraíso, retira-me do meu animal
secreta uma substância pura de amor.
só por ti posso ser
Que lindo, gostaria que essa poesia fosse para mim.
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