Escrevo porque tenho
algo entalado
entre o pé e o
coração, perto da alma
que não posso nem
quero segurar
cujas conseqüências
desconheço
e espero como um
filho ou um cometa.
Tem um cheiro que
parece um doce
e o peso do mais
leve dos planetas
dobrando o espaço,
gravidade,
na forma de um
perfeito origami
inexato como uma
taça de champanhe.
Esculpo palavras na
lama
ressoando como
arrotos de anjos
sempre que algo
transborda
córrego de
periferia inundada
paixão adolescente
desencontrada.
Espero que alguém
ouça o trovão de
meus pensamentos
como quem dorme na
praia
espreitando a força
do mar
abençoado pelo
milagre amarelo da areia.
Então deverá,
Esboçar leve
sorriso ao final da leitura
Talvez, até mesmo
releia ou indique a um amigo
estranhamente
comovido,
criança que vê o mar pela primeira vez
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